Portas curtas
Este site incentiva o visitante a estar inteirado no mundo do cinema através da possibilidade de visualizar cenas e assuntos do cotidiano humano de forma cultural e interativa, podendo ser bem utilizado no trabalho em sala.
http://www.portascurtas.com.br/index.asp
Planeta educação
O site do planeta educação é bem interessante e informativo, apresentando temas e conteúdos detalhados de filmes variados, onde o educador pode buscar ideias para enriquecer suas aulas, tornando-as criativas e agradáveis. O texto abaixo é um exemplo disso.
Piratas da Informática
Nos primórdios da era da informação
Tweet
Dois-personagens-conversando-sentados
Abra revistas ou jornais dos últimos 10 anos. Em quantas oportunidades encontraremos menções a Apple e a Microsoft? Inúmeras, não é mesmo? As companhias lideradas por Steve Jobs e Bill Gates, respectivamente, tornaram-se desde o final da década de 1970 e principalmente a partir dos anos 1980 duas referências fortíssimas para o mundo inteiro. São consideradas por especialistas e estudiosos como as duas empresas que deram o impulso definitivo para a era dos computadores pessoais e que, posteriormente, acabaram criando as bases gráficas e os sistemas operacionais que definem a forma como nos comunicamos através da Internet.
Gates e Jobs são considerados verdadeiras lendas vivas. Quando os vemos em reportagens na televisão, matérias em revistas de informação ou notícias sobre suas empresas e produtos, exalam sucesso, parecem intocáveis, de outro mundo e até mesmo, na opinião de muitos, magnânimos. O que não faz o dinheiro. É claro que nos bastidores há histórias pouco conhecidas que, se não desmerecem esses profissionais, ao menos causam certos embaraços e constrangimentos, como por exemplo o fato de que algumas de suas melhores idéias e produtos terem sido criados por outras empresas e profissionais e terem sido pirateados pela Apple e pela Microsoft [E hoje vemos tantos esforços de empresas como essas na luta contra a pirataria... Hipocrisia? Contraditório?]
“Piratas da Informática”, telefilme dirigido por Martyn Burke, conta a história das duas empresas e de seus fundadores, desde os primórdios até o início dos anos 1990. E o mais interessante é notar que tanto Jobs quanto Gates são realmente visionários, homens que estiveram [e ainda estão] além de seu tempo. Apesar disso, suas maiores qualidades residem na capacidade que tiveram [e têm] de promover suas empresas, produtos e idéias. A percepção de ambos quanto a um futuro não muito distante em que as pessoas teriam computadores em suas casas como já tinham geladeiras, fogões ou televisores foi decisiva para que chegássemos aonde estamos, na Era da Informação.
Jobs teve ao seu lado, ao menos até 1987, como amigo e principal colaborador, Steve Wozniak, o cérebro por trás do Apple II, o primeiro grande produto de sua empresa. Mas Woz, sozinho, não conseguiria levar tão longe o sonho de uma sociedade da informação, conectada através de computadores pessoais. Foi a persistência de Jobs, seu tino comercial, sua capacidade de encantar as platéias, sempre com as palavras mais apropriadas para cada momento que definiram a história de sucessos da Apple até o início dos anos 1990.
Gates, por sua vez, também contou com apoios na área técnica, como Paul Allen, mas seu principal trunfo foi buscar aquilo que precisava – desde parcerias até apoio tecnológico – fora dos limites estreitos de sua empresa. Se lhe faltava algo ele mesmo ia atrás dos recursos escassos. Assim foi com o Altair [o primeiro computador pessoal inventado, ainda nos anos 1970], com a IBM [parceira estratégica para a venda dos sistemas operacionais criados pela empresa de Gates] ou mesmo com a Apple [de quem a Microsoft acabou copiando modelos de interface gráfica utilizados em computadores como o Macintosh a partir do momento em que teve acesso a protótipos daquela máquina pioneira].
Varios-homens-conversando-sendo-a-maioria-sentados-com-outro-homem-em-pe
Tanto Jobs quanto Gates entenderam rapidamente o significado daquilo que estavam construindo através de suas empresas e perceberam que aquilo poderia significar uma verdadeira revolução mundial. Talvez não tivessem a real dimensão do impacto que tudo isso causaria, mas certamente sabiam que isso lhes daria enormes ganhos. Por isso mesmo, não tiveram dúvidas em investir em instalações, recursos materiais e, principalmente, nos melhores profissionais disponíveis na área técnica para a composição de seus equipamentos e softwares.
O problema é que com o poder, o dinheiro, a fama e o reconhecimento vêm a megalomania e a onipotência, o distanciamento da realidade e a incapacidade de dar ouvidos a quem quer que seja, até mesmo aos mais próximos. Foi exatamente isso que derrubou Jobs no início dos anos 1990 e o levou a um breve exílio em relação à Apple, para onde foi reconduzido em 1997 e, mais maduro, deu início a uma nova era na história da empresa [que ocasionou, por exemplo, os recentes sucessos Ipod e Iphone]. Quanto a Gates, o crescimento da Microsoft foi tão espetacular que acabou se tornando o homem mais rico do mundo e, ao mesmo tempo, tornou-se alvo de processos por monopólio ao disponibilizar o navegador Internet Explorer nas máquinas em que o sistema operacional Windows era comercializado, ou seja, em praticamente todos os computadores pessoais negociados tanto mercado formal quanto no informal. Bill Gates e a Microsoft passaram a ser conhecidos no mundo da informática como o Império do Mal, em alusão a Darth Vader da série Guerra nas Estrelas, de George Lucas...
O mais interessante ao se assistir “Piratas da Informática” é perceber que tanto Jobs quanto Gates surgiram como piratas ou revolucionários em busca de uma nova ordem, burlando regras e leis que representavam o antigo regime e acabaram se tornando parte do status quo dominante, assumindo o papel do “big brother” que atribuíam a IBM e a outras gigantes do ramo até os anos 1980...
Personagem-em-pe-de-oculos-ao-lado-de-um-computador
O Filme
Dois jovens correm por um agitado campus universitário. Estamos nos anos 1960 e a contracultura domina o cenário, com toda a sua efervescência. Estudantes enfrentam policiais e bombas de efeito moral soltam fumaça e gases no caminho dos dois jovens, que aparentemente não tem qualquer relação com aquele corpo a corpo das lideranças estudantis com os representantes da lei. Assim que eles chegam ao outro lado das instalações universitárias, com alguns equipamentos debaixo do braço, um deles fala o seguinte: “Eles pensam que estão fazendo a revolução. Nós é que somos os verdadeiros revolucionários.” Era Steve Jobs e, ao seu lado estava Steve Wozniak, o criador do primeiro computador pessoal que seríamos capazes de identificar como tal, o Apple II.
Em outra localidade alguns jovens se entretêm jogando pôquer ou lendo e estudando eletrônica. Entre eles estão Bill Gates e seu braço direito Paul Allen. Também querem revolucionar o mundo com a informática e, de repente, descobrem que alguém, em Albuquerque, criou o que seria o primeiro computador pessoal do mundo, o Altair. Cientes de que não havia tempo a perder, abandonam os estudos e partem atrás dessa máquina e de seu criador para estabelecer um contrato a partir do qual querem vender um sistema operacional que dê vida e possibilidades de uso para o Altair.
Assim se iniciam as histórias de Steve Jobs e Bill Gates e de suas empresas, a Apple e a Microsoft. Jobs partiu para iniciativas que tiveram o apoio de investidores americanos para conseguir capital e criar o Apple II, desenvolvido por Wozniak. Bill Gates fez parcerias e acordos comerciais, inclusive com a IBM, que catapultaram a Microsoft para o topo do mundo na área de informática. Mas como conseguiram isso?
“Piratas da Informática” nos coloca ao lado de Gates, Jobs, Wozniak e Allen [entre outros personagens dessa história] para que consigamos entender como, quando e o que significou para o mundo a revolução desses “piratas” que se tornaram reis no Vale do Silício [Califórnia], desbancando a IBM e abrindo alas para a revolução da informação no mundo virtual. Um filme obrigatório para entender um pouco melhor os últimos 30 anos e, provavelmente todo o futuro que virá...
Personagem-andando-com-pecas-nas-maos
Para Refletir
1. A Revolução da Informação... O que é? Quais são seus principais expoentes? O que ela significa? De que forma alterou os rumos da vida no planeta? Como essa revolução afeta a sua vida? Você já parou para pensar nisso? Proponha pesquisas em que seus alunos busquem informações sobre como era a vida antes dos computadores se tornarem onipresentes. Para isso peça a eles que realizem entrevistas com pessoas de diferentes origens e profissões que possam relatar como funcionava o mundo até o final dos anos 1990, quando os computadores ainda não estavam tão disseminados...
2. As Tecnologias de Informação e Comunicação... Presente e Futuro... Como funcionam as tecnologias que estão no mercado hoje? Quais são as mudanças previstas para um futuro breve? Será que chegaremos a Inteligência Artificial? Chips serão implantados em nossas cabeças? Como nos comunicaremos daqui a alguns anos? Seremos clonados? Viajaremos no tempo? O que acontecerá?
3. Para não ficar apenas com informações sobre Bill Gates e Steve Jobs, assim como a respeito de suas companhias, a Microsoft e a Apple, que tal descobrir mais na web e nos livros sobre essas personalidades e as realizações dessas duas grandes empresas? Bill Gates inclusive lançou um livro, “A Estrada para o Futuro”, que seria uma referência interessante a ser estudada.
4. A revolução iniciada por Gates e Jobs através da Microsoft e da Apple ganhou força e impacto com o advento da Internet. Que tal descobrir o que é, como funciona, qual a história, quais as perspectivas da web e que companhias [como o Google] lideram essa nova fase da revolução tecnológica?
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/coluna.asp?coluna=2
Nenhum comentário:
Postar um comentário